5 Mulheres que Revolucionaram a Engenharia

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Desafios sempre existiram, desde meados do século passado. E desde então, as mulheres têm batalhado para ingressarem na engenharia, independente da especialização. Confira 5 Engenheiras que batalharam para obterem seus títulos de Engenheiras e Inspire-se.

Com o passar dos anos, as mulheres vem conquistando cada vez mais seu espaço no mercado de trabalho, tanto em pequenos cargos, como em cargos de liderança, abandonando o estilo “dona de casa” e embarcando para o ramo das finanças, da administração, da medicina e das engenharias.

A engenharia, por exemplo, vem passando por mudanças, uma delas é o aumento da participação feminina no setor. A cada ano, mais mulheres ingressam nos cursos de Engenharia.

“De acordo com dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a participação das mulheres nas áreas de exatas mais do que dobrou de 2011 até 2016 no Brasil” (Agência Brasil).

Cada vez mais mulheres escolhem a Engenharia como profissão e conquistam aos poucos seu espaço, trabalhando em parceria com os profissionais do sexo masculino.

No entanto, essas conquistas ainda vêm acompanhadas de muitos desafios, como a condução com sucesso e responsabilidade de uma dupla jornada, já que muitas dessas engenheiras são esposas e mães, além de atuarem em cargos de liderança.

Entretanto, essas responsabilidades e desafios não nos impedem de seguirmos adiante e darmos nosso melhor.

“Brasil e Portugal têm os maiores percentuais de participação feminina na produção científica dos países: 49%, considerando o quinquênio 2011-2015” (Agência Brasil).

Baseando nisso tudo, selecionei 5 (cinco) mulheres que fizeram sucesso na  engenharia, para nos inspirar nos momentos difíceis e para nos mantermos sempre avançando.

Edith Clarke

Edith Clarke inicialmente se graduou em matemática e astronomia (1908), onde lecionou matemática por 3 anos. Mas sua paixão pelas exatas fez com que em 1911, se matriculasse em engenharia mecânica na Universidade de Wisconsin em Nova York.

Edith Clarke (Engenheira Mecânica).
Edith Clarke (Engenheira Mecânica).

Mais tarde, deixou Nova York para entrar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde obteve seu mestrado em engenharia elétrica em 1918, tornando-se a primeira mulher a ganhar um diploma nessa área no MIT.

Após sua formação, Clarke trabalhou como engenheira da General Electric, onde desenvolveu uma “calculadora gráfica”. Este dispositivo foi usado para resolver problemas da linha de transmissão de energia elétrica.

Calculadora Clarke.

Após sua aposentadoria da General Electric em 1947, tornou-se professora de engenharia elétrica na Universidade do Texas, Austin. Ela se tornou a primeira mulher a ensinar no departamento de engenharia da Universidade do Texas.

E em 1954, as realizações de Edith foram reconhecidas pela “Society of Women Engineers Achievements Award”, em funções das suas muitas contribuições originais para a teoria de estabilidade e análise de circuitos.

Mesmo diante de todas as adversidades, Edith Clarke nunca deixou de lutar por aquilo que amava. Pois afinal, em pleno século XXI, as mulheres ainda sofrem preconceito em sua área de formação, imaginem então em 1918, onde o ramo da engenharia era governado pelos homens.

No entanto, isso não fez Clarke desistir, muito pelo contrário, suas invenções fizeram a diferença no mundo da engenharia elétrica e para as mulheres e homens em todo o mundo.

Veridiana Victoria Rossetti

Veridiana foi a primeira mulher a graduar-se em engenharia agrônoma no Brasil, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), em 1937.

Veridiana Rossetti (Engenheira Agrônoma).
Veridiana Rossetti (Engenheira Agrônoma).

Suas pesquisas são voltadas para as patologias de citros (Phytophtorada gomose), onde identificou a bactéria Xylella fastidiosa, responsável pela praga do amarelinho.

Logo após, buscou aperfeiçoamento nos Estados Unidos na Universidade da Carolina do Norte  em 1947 e na Universidade da Califórnia, em Berkeley de 1951 e 1952.

Durante este período dedicou-se a estudar a fisiologia de ficomicetos e especialização em fungos do gênero Phytophthora.

Integrou a partir de então, a Comissão Internacional de Phytophthora, onde  passou então a publicar trabalhos no Brasil e no exterior. A convite do governo da França e do Institut National de la Recherche Agronomique (INRA),  desenvolveu um programa de colaboração científica, para estudos sobre viroides dos citros.

Animação Um Cientística Uma História
Animação Um Cientística Uma História.

Ela ainda, capacitou-se nas técnicas de diagnóstico de vírus transmissores por enxertia para o Programa de Registro de Matrizes de Citros Livres de Vírus, que estava para ser implantado no estado de São Paulo.

Em 1957,  assumiu como chefe da Seção de Fitopatologia Geral no Instituto Biológico. E em 1968, tornando-se Diretora da Divisão de Patologia Vegetal, cargo no qual se aposentou em 1987.

No entanto, seus estudos e pesquisas junto ao Instituto Biológico continuaram mesmo após sua aposentadoria, onde  contou sempre com a colaboração dos colegas do Brasil e do exterior, com os quais realizou e publicou seus trabalhos.

Enedina Alves Marques

Enedina é natural do estado do Paraná, onde formou-se em engenharia civil no ano de 1945, sendo a primeira mulher negra no Brasil a se formar em Engenharia e a primeira mulher a ter essa graduação no estado do Paraná.

Enedina Aves Marques (Engenheira Civil).
Enedina Alves Marques (Engenheira Civil).

Foi no ano de 1940 que ela iniciou sua graduação em Engenharia Civil, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná. Antes mesmo de ingressar na graduação, Enedina já lecionava na Escola da Linha de Tiro.

Quando ela se formou em engenharia civil, ela foi demitida da Escola da Linha de Tiro para tornar-se auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas do Paraná.

Sendo designada mais tarde para trabalhar no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica. Durante sua estadia no Departamento, realizou o que para muitos foi seu maior feito como engenheira. Esse feito foi a  construção da Usina Capivari-Cachoeira.

Ela também veio a trabalhar no Plano Hidrelétrico do estado do Paraná, além de atuar no aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu.

Apesar de ser vaidosa em sua vida pessoal, durante a obra na Usina, ficou conhecida por usar macacão e portar uma arma na cintura. (Palmares, Fundação Cultural).

Geralmente sempre que queria impor respeito, ela atirava para o alto. Era uma mulher cheia de energia, rigorosa e com postura firme e que sempre quando necessário fazia com que a respeitassem.

Pois  além de ser mulher, era negra e trabalhava em um ambiente majoritariamente ocupado por homens.

Isabel Gago

Ela foi a primeira mulher a receber o titulo de Engenheira Química, no Instituto Superior Técnico (IST), em Portugal, em  1939, onde lecionou até 1984, depois de ter sido a primeira mulher a assumir a docência, numa escola nacional de engenharia.

Ela foi reconhecida na universidade que se formou e lecionou, como uma das mulheres pioneiras em uma profissão que, até então, era apenas ocupada por homens.

Isabel Gago (Engenheira Química).
Isabel Gago (Engenheira Química).

Podemos dizer que Isabel Gago desafiou “as normas sociais da época” quando “ousou ingressar no universo exclusivamente masculino da engenharia portuguesa” (Jornal de Noticias).

Aprille Ericsson

Aprille trabalha como engenheira espacial na NASA, a agência espacial americana e, ao longo de 28 anos de carreira na agência, passou por vários cargos na instituição.

Em 1997, ela recebeu um prêmio como mulher mais importante na área de engenharia e ciência do Governo Federal Americano.

Hoje, ela é gerente do projeto “Atlas Instrument”, um satélite que monitora as calotas de gelo polar da Terra e suas mudanças com o aquecimento global.

Aprille Ericsson (Engenheira Espacial).
Aprille Ericsson (Engenheira Espacial).

Foi a primeira mulher a receber um Ph.D* em engenharia mecânica  em Harvard e a primeira mulher afro-americana a receber um Ph.D. no Goddard Space Flight Center, o centro de pesquisas espaciais da NASA.

* O Ph.D, para quem não conhece, é o equivalente ao doutorado, no Brasil.

Desafios das Mulheres na Engenharia

Avaliando a trajetória e realizações de todas essas 5 (cinco) mulheres, percebemos que por mais que os desafios e espinhos nos caminhos sejam doloridos, não podemos desistir de nossos sonhos e muito menos de conquistar um cargo importante no mercado de trabalho.

Nós, mulheres, temos a fama de termos fibra e sermos resistentes a qualquer desafio. É claro que pedras no caminho virão, mas o que não podemos fazer é desistir, muito pelo contrário, devemos nos inspirar em mulheres de fibra que fizeram do desafio do dia a dia degraus para o sucesso.

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E você já teve algum desafio em sua vida profissional? Já pensou alguma vez em desistir? Não deixe de nos contar sua experiência logo abaixo nos comentários.



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Author: Émilin CS

Engenheira ambiental. Têm experiência na área de saneamento e gestão ambiental, buscando soluções usando QGIS e Bizagi. Atua na área de modelagem matemática para rompimento de barragens com software HEC-RAS.

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